Língua acádia
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Acádio (lišānum akkadītum)
Falado em:
Assíria e Babilônia
Região:
Mesopotâmia
Total de falantes:
—
Família:
Afro-asiática
Semítica
Semítica oriental
Acádio
Escrita:
Cuneiforme sumero-acádio
Estatuto oficial
Língua oficial de:
inicialmente Acádia (Mesopotâmia central); língua franca do Oriente Médio e Egito no fim da Idade do Bronze e início da Idade do Ferro.
Códigos de língua
ISO 639-1:
--
ISO 639-2:
akk
ISO 639-3:
akk
Extensão do acádio
O acádio (lišānum akkadītum), também conhecido como acadiano ou assiro-babilônio[1] era uma língua semítica (parte da família afro-asiática) falada na antiga Mesopotâmia, particularmente pelos assírios e babilônios. A mais antiga língua semítica registrada, ela utilizava a escrita cuneiforme, que por sua vez havia sido derivada do antigo sumério, uma língua isolada sem qualquer parentesco. O nome da língua é derivado da cidade de Acádia, um dos principais centros da civilização mesopotâmica.
O registro mais antigo até agora encontrado data do século XIV a.C. e está escrito em símbolos cuneiformes da língua acadiana. O pedaço de barro escrito foi achado em Jerusalém por arqueólogos israelitas.[2]
Escrita cuneiforme (Escrita Neoassíria)
(1 = Logograma (LG) "mistura"/silabograma (SG) ḫi,
2 = LG "moat",
3 = SG aʾ,
4 = SG aḫ, eḫ, iḫ, uḫ,
5 = SG kam,
6 = SG im,
7 = SG bir)
Os escribas acadianos escreviam a língua através da escrita cuneiforme, um sistema desenvolvido pelos sumérios que utilizava sinais em forma de cunha impressos em argila úmida. Da maneira que os escribas acadianos a empregava, a escrita cuneiforme podia representar ou (a) logogramas sumérios (ou seja, caracteres desenvolvidos a partir de figuras que representavam palavras inteiras), (b) sílabas sumérias, (c) sílabas acádias, ou (d) complementos fonéticos. A escrita cuneiforme era inapropriada para o idioma acádio em diversos sentidos: entre suas falhas estava a impossibilidade de representar importantes fonemas das línguas semíticas, como a oclusiva glotal, as consoantes faringais, e as consoantes enfáticas. Além disso, a escrita cuneiforme era um silabário — isto é, uma consoante mais a vogal formavam uma unidade de escrita — o que era frequentemente pouco apropriado para uma língua semítica formada por raízes triconsonantais (três consoantes sem as vogais).
Desenvolvimento[editar | editar código-fonte]
O acádio é divido em diversas variedades de acordo com a geografia e o período histórico:[3]
Acádio antigo — 2500 a.C. – 1950 a.C.
Babilônio antigo/Assírio antigo — 1950 a.C. – 1530 a.C.
Babilônio médio/Assírio médio — 1530 a.C. – 1000 a.C.
Neo-babilônio/Neo-assírio— 1000 a.C. – 600 a.C.
Babilônio tardio — 600 a.C. – 100
Fonética e Fonologia[editar | editar código-fonte]
Consonantes[editar | editar código-fonte]
Pelo que pode ser descoberto através da ortografia cuneiforme, diversos fonemas proto-semíticos se perderam no acadiano. A oclusiva glotal proto-semítica *ʾ, assim como as fricativas *ʿ, He*h, *ḥ, *ġ se perdem como consoantes, tanto na mudança de som como de ortografia, dando origem a uma vogal e que não existia no proto-semítico. As fricativas laterais interdentais e fricativas laterais surdas (*ś, *ṣ́) se fundiram com as sibilantes, assim como no cananeu, restando 19 fonemas consonantais:
b p d t ṭ š z s ṣ l g k q ḫ m n r w y.